Governo sanciona lei que regulamenta a Reforma Tributária

Nesta quinta-feira (17), o governo sancionou, com vetos, o primeiro projeto de lei que regulamenta a Reforma Tributária.
Regulamenta Reforma Tributária

Nesta quinta-feira (16), o governo sancionou, com vetos, o primeiro projeto de lei que regulamenta a Reforma Tributária, uma das maiores transformações no sistema tributário brasileiro. Assim, a proposta, aprovada no Congresso Nacional em 2024, agora avança para novas etapas de implementação.

Dessa forma, o Congresso Nacional analisará os vetos feitos pelo governo, que poderá mantê-los ou derrubá-los. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os vetos têm caráter técnico e não alteram o mérito do texto aprovado pelos parlamentares. Segundo Haddad, o objetivo é evitar a judicialização e corrigir interpretações dúbias no projeto.

O que muda com a Reforma Tributária?

A Reforma Tributária substitui os cinco principais tributos sobre consumo no Brasil por novos modelos tributários mais simplificados. Atualmente, o sistema tributário contempla:

  • ICMS (estadual),
  • ISS (municipal),
  • IPI, PIS, e Cofins (federais).

Com a mudança, esses impostos serão substituídos por dois novos tributos principais:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), com arrecadação estadual;
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de competência municipal.

Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), destinado a bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, conhecido como “imposto do pecado”.

Veja também: Receita Saúde: entenda as novas regras para recibos médicos em 2025

Quando começam as mudanças?

  • 2026: início do período de testes, sem cobrança efetiva, com alíquota-teste indicada nas notas fiscais.
  • 2027 a 2033: implementação gradual dos novos tributos, até a substituição completa do modelo atual.

Outros pontos em destaque

Além disso, a Reforma Tributária contempla:

  • Possibilidade de cashback para famílias de baixa renda;
  • Revisão da composição da cesta básica;
  • Isenções e alíquotas diferenciadas para setores estratégicos.

Próximos passos

Ainda restam pendências importantes para a implementação completa:

  1. Aprovação do Comitê Gestor do IBS e definição da distribuição de receitas entre Estados e Municípios;
  2. Estabelecimento das alíquotas do Imposto Seletivo;
  3. Regulamentação dos Fundos de Desenvolvimento Regional e da Amazônia.

O Ministério da Fazenda já trabalha na elaboração das normas que disciplinarão o IBS e a CBS. Assim, a reforma marca o início de uma nova era na tributação brasileira.

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